quarta-feira, abril 25, 2007

Revolução = Evolução ?!?!

Esta semana, inserido no espírito revolucionário do dia de hoje, deixo um tema mais pacifico.
"...Na Actividade Formativa que se "fabrica" nos dias de hoje, uns dos grandes pecados capitais existentes, é a estagnação e desactualização de métodos e conteúdos aplicados..."
dixit Nuno Sousa
Para um claro exemplo desta linha de opinião, transcrevo um texto, em que podem ver a sua estrutura integral em http://www.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=Cronologia.
No caso especifico do texto, refere-se a uma situação que originou uma revolução Nacional, alterando a história de um país .

A Revolução Portuguesa de 25 de Abril

...Há vinte anos, em vésperas do 25 de Abril, a formação (Portugal) era uma actividade (um país) anacrónico...
...Para os formandos (jovens) de hoje será talvez difícil imaginar o que era formar (viver) neste Portugal de há vinte anos...
...a expressão pública de opiniões contra a actividade formativa (o regime e contra a guerra) era severamente reprimida pelos empresários (aparelhos censório e policial)...
...A anestesia a que a actividade formativa (o povo português) esteve sujeito décadas a fio, mau grado os esforços denudados das empresas (elites oposicionistas), a par das injustiças sociais agravadas e do persistente atraso económico e do conhecimento (cultural), num contexto que contribuía para a identificação entre a exploração dos trabalhadores (o regime ditatorial) e o próprio modelo de desenvolvimento empresarial (capitalista), são em grande parte responsáveis pela euforia despesista e mal aproveitada (revolucionária) que se viveu a seguir ao subsídios comunitários (25 de Abril)....

Para depois do texto, deixo as seguintes questões:
-Não será altura de haver uma revolução (construtiva e criativa), na formação profissional nos dias de hoje?

-Será que a forma estagnada existente ,servirá o objectivo de alguém?
E ainda uma questão controversa:
- De quem é a "obrigação" de desenvolvimento dos conteúdos e documentos pedagógicos da formação?
Deixo mais uma vez um repto á vossa participação , aos mais audazes em comentário a este “post” ,aos mais tímidos para o mail nunobox@netcabo.pt .
Até para a semana...
posted por Nuno Sousa

P.S. Já agora, em jeito de conselho de leitura, no mesmo site, vejam a cronologia da revolução. De forma construtiva e com objectivos bem definidos ....

"...Para trás, só se for para dar balanço !!!...."


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segunda-feira, abril 16, 2007

A chave da personalidade...

Para que não se possa dizer que sou extremamente critico e tendencioso, esta semana venho a postar um artigo de um jornal semanal, perfeitamente acessível a todos.
Deixo também uma citação, que acho extremamente "engraçada":
Criem-se as condições a quem quer construir...
Aos acomodados, mantenham-se atentos...
Aos que se julgam importantes, não adormeçam na postura...
Cada um só tem a importância, que os restantes lhe atribuem!!!
Agradecimento a todos os que, de uma forma ou de outra ,
fazem uma leitura semanal a este Blog...

Já agora,assim como quem não quer nada, se tivesse que me atribuir uma nota, da técnica abaixo descrita, seria o 4 ou o 7.

Deixo mais uma vez um repto á vossa participação , aos mais audazes em comentário a este “post” ,aos mais tímidos para o mail nunobox@netcabo.pt .
Até para a semana...

posted por Nuno Sousa

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Os lideres empresariais estão a colocar técnicas milenares de autoconhecimento e diagnóstico da personalidade ao serviço da gestão de recursos humanos. Depois dos Estados Unidos, Brasil e Austrália. o Energrama chega agora a Portugal e promete revolucionar o modo como se recruta o colaborador ideal.

"...Eu sou quatro. Também tenho características de dois. Mas sou quatro! O discurso pode parecer desenquadrado mas não é. Todos nós temos um número. Para lá de Freud e demais estudiosos da personalidade e dos livros, muito para lá, existe uma técnica de classificação da personalidade designada Eneagrama, que tem raízes na antiga Babilónia e cuja aplicação ao serviço do autoconhecimento tem registado um incremento decisivo nas últimas décadas, a par com a sua adequação ao mundo empresarial e à gestão de recursos humanos. É que seja você um perspicaz investigador da polícia, um aguerrido advogado, um «marketeer» criativo, um escritor romântico e idealista ou um jornalista com espírito de missão, o seu número está lá e conhecê-lo, na plenitude dos seus defeitos e virtudes, é meio caminho andado para o sucesso profissional!..."

Imagine um executivo com pouca aptidão para a comunicação, adepto do isolamento e totalmente avesso à partilha de opiniões. Este perfil é possível, mas há que reconhecer que um líder com esta personalidade poderá ter alguns problemas na sua carreira. É para profissionais como estes, mas também para casos menos ‘graves', que o Eneagrama tem particular utilidade.

Esta ferramenta milenar de definição da personalidade começou a ser aplicada ao mundo empresarial na década de 90 e está a tornar-se cada vez mais popular entre executivos, líderes e gestores de recursos humanos de todo o mundo. A IBM, a Sony, a Motorola, a Coca-Cola, a Disney ou a Bosch são algumas das organizações que testaram e aderiram, lá fora, ao Eneagrama enquanto ferramenta de gestão.

O primeiro Curso de Eneagrama chega agora a Portugal pelas mãos da consultora Zona Verde, direccionado a empresas, mas também a gestores e todos aqueles que queiram fazer do autoconhecimento um aliado no sucesso profissional. A sua essência é simples.

O Eneagrama é formado por nove linhas que se ligam entre si, dentro de uma circunferência. Aos nove pontos onde as linhas tocam a circunferência correspondem nove tipos de personalidade (ver caixa). Estas nove personalidades estão por sua vez agrupadas em três grupos de energia: a energia emocional (personalidades de tipo 2, 3 e 4); a racional (tipo 5, 6 e 7) e a instintivo-prática (1, 8 e 9).

A análise detalhada do Eneagrama e uma introspecção pessoal e crítica, apoiada por testes de escolha multipla, possibilitarão, segundo José Luís Gonçalves, especialista nesta técnica e formador do curso que agora arranca, “alcançar o autoconhecimento da respectiva personalidade e a aceitação da mesma. A partir daqui, é possível ajudar a pessoa a compreender as suas reacções, as razões das mesmas e ajudá-la a libertar-se dos seus condicionalismos inconscientes e melhorar os seus pontos menos favoráveis". O impacto desta técnica é visível, assegura o formador, ao nível da organização empresarial, da formação de equipas e gestão de conflitos e relacionamento interpessoal.

Elisabete Ramos, gestora de Recursos Humanos da RCS Philips, tem uma personalidade Tipo 1 e aprendeu com o Eneagrama a conhecer intimamente o seu perfil e a gerir o impacto que este tem na sua vida profissional e familiar. Confessa que hoje controla melhor as suas atitudes e acredita que “esta é uma formação útil a todos os profissionais em lugar de chefia e uma ferramenta com grande potencial no campo do recrutamento e da gestão de pessoas”.

Cada vez mais as organizações procuram um recrutamento certeiro. Que é como quem diz o colaborador certo para o lugar exacto, destinado a fazer a diferença e conduzir a empresa para o sucesso. Uma ambição que o Eneagrama pode ajudar a alcançar se aplicado ao recrutamento. Foi para dar resposta a esta necessidade que Jorge Pereira, director-geral da consultora Zona Verde, decidiu trazer para Portugal a formação em Eneagrama. “Em 2005 testámos este conceito de formação a nível interno e com convidados ligados à gestão de recursos humanos de algumas empresas. A aceitação foi muito boa e depois de alguns alinhamentos, o curso avança agora para o mercado”, explica.

A primeira edição desta formação tem início a 27 de Abril. O curso decorre em três fases, combinando formação «indoor», «outdoor» e «coaching» personalizado. O formador do curso, José Luís Gonçalves, explica que o objectivo é, nas duas primeiras etapas, “levar os formandos a conhecerem-se a si mesmos, seguindo a tradição do eneagrama que obedece a uma transmissão oral”. A terceira etapa, que é opcional, pressupõem o acompanhamento dos formandos numa fase pós-formação, onde cada um já conhece as virtudes e desvirtudes da sua personalidade e precisa apenas de alguma orientação para tirar delas o melhor partido.

José Gonçalves acredita que “o Eneagrama é um instrumento extraordinário para se compreender não só a si mesmo, como aos colegas e colaboradores e até a personalidade da sua equipa, na diversidade e no todo”. O especialista considera que “não existe uma equipa ideal. Existem pessoas, com personalidades próprias e maior ou menor grau de maturidade e são necessários todos os nove tipos de personalidade para atingir o equilíbrio empresarial”.

O formador argumenta que “as nove personalidades do eneagrama são aquelas com que lidamos diariamente nas nossas empresas, mas de modo inconsciente”. A tomada de consciência só ajudará as empresas a optimizarem os seus recursos e aumentar a sua produtividade já que “o Eneagrama identifica as dinâmicas da personalidade e clarifica os comportamentos, motivações, valores, estilos de pensamento e comunicação e sobre as formas como cada pessoa enfrenta e resolve os problemas”.

As empresas nacionais parecem estar também a descobrir as potencialidades desta técnica milenar. Segundo Jorge Pereira, embora as inscrições ainda estejam em curso, “a adesão ao curso está ser muito positiva quer para esta formação, quer também para iniciativas futuras junto das próprias empresas”. O líder da Zona Verde explica que “nesta fase a meta é também dar a conhecer a ferramenta às organizações nacionais e sensibilizá-las as potencialidades do auto-conhecimento ao serviço da gestão”.

E se por cá só agora a ferramenta dá os primeiros passos, lá fora, os alunos aprendem a conhecer o ‘seu número' logo nos bancos das universidades e algumas das mais reputadas organizações mundiais recrutam com recurso ao Eneagrama. É a era do autoconhecimento a revolucionar, também, o mercado nacional.

9 tipos de personalidade

Tipo 1: Reformador/ Idealista
Orientado por princípios e intencionalidade, autocontrolado e perfeccionista. Irrita-se com o desleixo e o erro, é atraído pela ordem e pela moral. Vive em busca de patamares de excelência para si e para os outros.

Tipo 2: Ajudante/Altruísta
É zelador, generoso, amável e intrusivo. Rejeita o tratamento impessoal, é solícito e amistoso, atraído pelo serviço e pelo estabelecimento de relações afectuosas.

Tipo 3: Empreendedor/ Triunfador
É adaptável, «self made man», competitivo e consciente da sua imagem. Desaprova a falta de eficácia e ambição e tem particular atracção pelo êxito e pelo reconhecimento.

Tipo 4: Artista/ Sensível
Intuitivo, expressivo, individualista e temperamental. Tem aversão à uniformidade e às regras, é criativo e imprime uma marca pessoal em tudo o que faz.

Tipo 5: Investigador/ Observador
Especialista, inovador e pensador, perceptivo e retraído. Evita a intrusão no seu espaço e no seu tempo. É fascinado pela profundidade e pela investigação inovadora.

Tipo 6: Colaborador/ Leal
Comprometido, responsável, ansioso e desconfiado. Detesta o imprevisto e a mudança rápida, procura a segurança em estruturas e autoridades legítimas.

Tipo 7: Entusiasta/ Optimista
Espontâneo, versátil, comunicativo e ‘charmoso'. Tenta escapar aos limites, à rotina e à disciplina. Vive entusiasmado por novas opções e experiências prazerosas.

Tipo 8: Desafiador/ Chefe
Autoconfiante, decidido, apaixonado e confrontador. Detesta a indecisão e a mentira. É atraído pela força e orientado para a acção.

Tipo 9: Mediador/ Pacificador
Calmo, conciliador, tem tendência para pacificar e ser complacente. Foge da tensão e do conflito e tem dificuldade em dizer ‘não‘. Procura a harmonia e a estabilidade.

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segunda-feira, abril 09, 2007

Cultura Empresarial

Vários são os dias em que me auto questiono:

Afinal ,quais são os princípios, os objectivos e a estratégia da empresa que represento?
Lógico seria , que estas definições fossem apresentados na integração dos colaboradores na empresa e desenvolvidos diariamente, mas, com a rotatividade de pessoas que se verifica actualmente, esse trabalho de apresentação, para a empresa, está completamente fora do contexto e é considerado uma total perda de tempo.
Na actividade de formação, a cultura da empresa que estamos a representar deve estar constantemente “em foco” na mensagem formativa, para que seja cultivada aos formandos uma Cultura Empresarial de acordo com os princípios, os objectivos e a estratégia da empresa.

Outra questão com que me deparo diariamente é:

O que fazer ou cultivar na mensagem formativa, quando a Cultura Empresarial não está bem definida ou é inexistente?
Para melhor reflexão, deixo uma definição de Cultura Empresarial:

O que é a Cultura Empresarial?

Existem muitas definições de cultura empresarial, umas mais simples, outras mais complicadas. No fundo, a cultura empresarial é a maneira como funcionam as coisas no dia a dia das empresas.

Características da Cultura Empresarial:

Desenvolve-se ao longo da história da organização;
Tem a ver com valores, normas, símbolos e rituais;
É criada e mantida pelas pessoas da empresa;
Evolui constantemente;
É difícil de mudar radicalmente.
A Comunicação Empresarial pode significar a diferença entre sentir-se à vontade e ir trabalhar contrariado. Geralmente a cultura de uma empresa é passada individualmente pelo seu superior directo e pelos seus colegas. Isto é feito tanto conscientemente como inconscientemente.

Dentro desta definição, de forma a ser possível descobrir qual é a cultura empresarial da empresa que cada um representa , ficam as seguintes questões:

- Quais são as 10 palavras que usaria para descrever a empresa?
- Quem é considerado para uma promoção?
- Qual o comportamento que é apreciado e recompensado?
- Qual o tipo de pessoas que se sente bem na empresa?
Deixo mais uma vez um repto á vossa participação , aos mais audazes em comentário a este “post” ,aos mais tímidos para o mail nunobox@netcabo.pt .
Até para a semana...

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domingo, abril 01, 2007

Inovar ,repetir ou Saber Pensar ?

Quantos de nós, nas várias intervenções formativas que realizamos ,encontramos repetidamente as mesmas falhas, dos mesmos formandos?
Nessa situação, normalmente, coloca-se o bom senso e repete-se exactamente a mesma informação da última intervenção, completada com a chamada de atenção que já foi falado sobre aquela “falha” especifica, e que não existe razão para continuar a acontecer.
Ao fim da maturidade dos meus três anos e meio, em vivência diária com este tipo de situação, tenho vindo a aplicar um novo processo, que passo a apresentar, num texto que retirado de um livro da especialidade, que adapto para o contexto Formador«-»Formando.

“...Entre corrigir erros e ensinar a pensar existem mais mistérios do que imagina a nossa vã psicologia.
Quando nós abrimos a boca para repetir as mesmas coisas, detona um gatilho inconsciente que abre determinados arquivos da memória, que contêm as velhas criticas. Os formandos já sabem o que vai ser dito. Eles armam-se e defendem-se. Consequentemente ,tudo o que dizemos não faz eco dentro deles, não é gerado um Momento Formativo. Este é um processo inconsciente.
Ás vezes , insistimos várias vezes dizendo as mesmas coisas, e os formandos continuam a repetir as mesmas falhas. Umas vezes por questões inerentes aos mesmos ,mas a maioria ,por culpa própria.

Formar não é repetir palavras, é criar ideias e encantar.
Os mesmos erros merecem novas atitudes.
Se os formandos fossem computadores, poderíamos repetir a mesma reacção para corrigir o mesmo defeito. Mas os formandos, por serem seres humanos, possuem um inteligência complexa.
O cérebro dos formandos está em constante ebulição , por questões pessoais e profissionais. É impossível parar de pensar, até a tentativa de interrupção do pensamento já é um pensamento. Nem ao dormir interrompemos os pensamento, por isso sonhamos. Pensar é inevitável.
Não podemos, nem devemos, ser um Manual de Regras!
Os Formadores devem conhecer o funcionamento da mente para formar melhor. Devem ter a consciência de que precisam de ganhar primeiro o território da emoção, para depois ganhar o anfiteatro dos pensamentos e, em último lugar, conquistar os solos conscientes e inconscientes da memória, que é a caixa de segredos da personalidade. Devem surpreender a emoção com gestos ímpares. Deste modo, geram Momentos Formativos fantásticos..."
Os Técnicos corrigem falhas, os Formadores ensinam os formandos a pensar!

Deixado o pensamento, deixo as seguintes questões esta semana:

- Se temos que ter e trabalhar numa vertente “encantadora e filosófica” para motivar os formandos e os levar a aprender a pensar ,não deviamos ser influenciados com a mesma postura?

- Perante as situações recentes, quantos de nós, os Formadores, se sentem motivados a motivar?
Continuando na crista de temas sensíveis, deixo mais uma vez um repto á vossa participação , aos mais audazes em comentário a este “post” ,aos mais tímidos para o mail nunobox@netcabo.pt .

Até para a semana...
posted por Nuno Sousa

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